Você já parou para pensar em como cuidar das suas finanças pessoais? Muitas vezes estamos no vermelho, e não encontramos uma saída para esse problema. Tudo o que se relaciona com sua vida financeira, suas aplicações, gastos, fluxo de caixa e lucros, faz parte das suas finanças pessoais, e fazer a gestão correta, assim como se fosse a contabilidade de uma empresa, pode te ajudar a fazer as pazes com o dinheiro.

Mesmo que esteja faltando dinheiro, algumas pessoas nem mesmo têm o costume de olhar seu extrato bancário. Algumas pessoas inclusive deixam de pagar as contas em dia por falta de planejamento, e não por falta de dinheiro.

Além disso, com exceção dos gastos emergenciais, como por exemplo um caso de doença ou algo essencial que inesperadamente precisa de um conserto, o desequilíbrio financeiro acontece por exagero em gastos por motivos inconsistentes.

Dessa forma, existe sim uma forma de melhorar muito a sua relação com sua conta bancária, mas isso não quer dizer que é uma missão fácil. Se assim fosse, nem você, nem ninguém, estaria buscando formas de melhorar o planejamento financeiro.

Uma pesquisa feita pelo SPC Brasil, mostrou que 48% dos brasileiros não controlam seu orçamento e segundo um levantamento da Serasa, o Brasil tem mais de 62 milhões de endividados.

Neste artigo iremos falar sobre tudo o que é necessário para dar saúde para suas finanças e cuidar para que você nunca entre nestas tristes estatísticas. Confira a seguir!

O que é a gestão das finanças pessoais?

O que é a gestão das finanças pessoais?

Colocando de uma forma bem simples, significa planejar e controlar seu orçamento doméstico, ou seja, a forma como você ganha, economiza, gasta e investe o seu dinheiro. É montar seu planejamento financeiro individual.

O conceito de finanças pessoais envolve tudo o que se relaciona com o seu dinheiro e patrimônio na sua vida pessoal. Gerir da forma correta é dar equilíbrio para suas finanças. 

Analisar seus gastos, sempre gastar menos do que ganha e ter metas para poupar e investir parte da sua receita, são conceitos fundamentais da prática da educação financeira.

Além de saber o que é a gestão das finanças pessoais, vamos saber a importância, como fazer e quais são os principais erros que você deve evitar para ter sucesso nessa jornada.

Qual é a importância das finanças pessoais?

Nossa primeira resposta: paz, conforto e segurança! A importância das finanças pessoais organizadas é ter paz e tranquilidade na vida. Saber como cuidar das suas finanças pessoais é como saber o caminho do trabalho, é impossível viver sem esta informação. O dinheiro faz parte do nosso dia a dia, desde o básico, até a conquista dos nossos sonhos.

E nem precisamos citar aqui como o dinheiro é importante para a qualidade de vida das pessoas. E pensando no caminho inverso, como a falta de dinheiro afeta fortemente todas as áreas da vida de quem está passando por essa situação.

Segundo a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo, em 2020, 66,5% da população brasileira era de endividados. E certamente, o agravante desse triste percentual é a falta de cuidado com as finanças.

É importante não se comprometer financeiramente pensando em aparências. Saber gerenciar suas finanças pessoais te trará o perfeito acordo entre seus bens e sua realidade financeira. Mais importante do que quanto você ganha, é como você cuida do seu dinheiro!

Ter cuidado com o seu orçamento vai fazer com que você tenha tempo para pensar sobre onde você está e onde quer chegar. Isso mostra um autoconhecimento incrível, e ficará mais fácil fazer planos para seu crescimento pessoal.

Gerenciar suas despesas evitará problemas futuros, então se você nunca pensou sobre isso, independentemente da sua situação financeira atual, leia esse artigo até o final e aprenda como organizar e principalmente melhorar sua saúde financeira!

Como fazer a gestão das suas finanças pessoais?

Como fazer a gestão das suas finanças pessoais?

A premissa básica de uma boa gestão das finanças pessoais é não gastar mais do que ganha. Porém, isso exige uma mudança de postura e pode ser algo difícil para um enorme número de pessoas, pois exige disciplina, organização e comprometimento.

Vamos te dar 6 passos para você iniciar o planejamento das suas finanças pessoais:

1. Tenha uma planilha de gastos mensais

A primeira providência quando pensamos na saúde de nossas finanças pessoais, é ter um método de controle dos seus gastos e ganhos. A dica é usar uma planilha onde você tenha ao menos 3 classificações para organizar seus gastos: os fixos, os variáveis e os imprevistos.

2. Planeje um orçamento

Com todos os dados dentro da sua planilha e também com o valor do seu ganho mensal, você terá ao menos uma expectativa de como você pode controlar e planejar o seu orçamento. Se houver um desequilíbrio entre o que você ganha e gasta, isso ficará exposto para sua avaliação.

3. Tenha sempre uma reserva de emergência

Sabemos que emergências acontecem e, na maioria das vezes, para resolver um problema, precisamos de dinheiro. Por esse motivo, é muito importante que na sua planilha, haja um espaço para estes gastos. Uma reserva emergencial pode salvar sua vida financeira.

4. Comece a investir

Existem muitas opções de investimento. É imprescindível que você se eduque financeiramente, para saber onde colocar o seu dinheiro. Justamente por essa versatilidade dos investimentos, não é preciso ter muito dinheiro para começar. Muitas pessoas investem pouco, mas aos poucos, esse montante vai crescendo e pode se tornar uma ótima fonte de renda.

5. Divida as informações financeiras com as pessoas da sua casa

É muito importante introduzir a gestão das finanças pessoais com todas as pessoas da casa, para que todos saibam como está a saúde financeira da família e busquem as mesmas metas. O controle de gastos deve ser compartilhado e assim, todos podem ter uma noção clara do que deve ser feito para melhorar a situação financeira da família.

6. Corte gastos desnecessários

Já parou para pensar em pequenos hábitos que podem ser mudados para economizar algum dinheiro? Um exemplo: tomar um café todos os dias, no mesmo lugar. Será que você faz isso porque realmente gosta ou por um hábito?

Avaliar pequenos gastos pode fazer uma grande diferença no orçamento. Por exemplo, pensando em uma conta básica, se você gastar R$60,00 a mais toda semana do que está no planejamento, no fim do ano, esse montante será de R$3000,00 fora do que estava previsto.

Em contrapartida, se você economizar 60 reais por semana, no fim do ano, terá poupado os mesmos 3 mil.

Entenda os erros mais comuns que impedem uma vida financeira saudável

Entenda os erros mais comuns que impedem uma vida financeira saudável

Além de colocar em prática estas dicas que passamos, existem alguns erros que você precisa ficar atento para não sair do caminho de uma boa gestão das suas finanças pessoais. Vamos tratar aqui dos principais deles, e comece hoje mesmo a evitá-los!

1. Gastar mais do que ganha

Se depois de planilhar seus gastos, você chegar à conclusão que seus gastos são maiores do que os seus ganhos, pare tudo e comece a planejar suas finanças pessoais a partir de agora!

Outro indicativo de que isso acontece, é terminar o mês sempre no vermelho. O dinheiro termina, mas o mês ainda não, e você precisa recorrer a empréstimos com parentes ou cheque especial.

Estes são sinais claros de que os seus gastos não acompanham seus recebimentos, e você tem duas alternativas apenas: diminuir gastos ou aumentar ganhos. Embora seja algo extremamente comum, esse erro leva a pessoa para o endividamento, porque facilmente vira um ciclo, uma bola de neve.

Quando a pessoa percebe, ela já é um inadimplente, com dívidas acumuladas e com uma vida financeira nada saudável. Para evitar, é importante conhecer seu orçamento no detalhe, para que você consiga, mesmo que aos poucos, equilibrar essa balança e chegar ao ponto de ganhar mais do que gastar.

2. Deixar de negociar suas dívidas

Algumas pessoas cometem o erro de iniciar uma poupança antes de pagar as dívidas já existentes. Para um bom planejamento das suas finanças pessoais, antes de investir, pague o que você deve, pois certamente os juros das dívidas serão maiores do que os recebidos como rendimento nos investimentos que você fizer.

Poupar pode parecer uma ideia incrível, mas se você tiver dívidas, essa atitude só fará você perder dinheiro e adiar suas possibilidades de ganhos.

3. Contar com o cheque especial como parte do seu orçamento mensal

O cheque especial é um empréstimo pré aprovado que muitos correntistas possuem para cobrir alguma despesa extra que caia na conta. Como o nome já diz, ele deveria ser usado em ocasiões especiais, porém existe uma parcela enorme da população que usa esse recurso todos os meses.

O grande ponto aqui são as taxas de juros altíssimas cobradas diariamente pelo uso do dinheiro. Pense então sempre no cheque especial como algo para ser usado em caso de urgência, ou seja, ele não é parte do seu orçamento mensal.

4. Comprometer seu salário antes mesmo dele estar em sua conta

É algo bem comum para quem compra as coisas a prazo ou se compromete com pagamentos antes mesmo de ter o dinheiro. Essa postura é prejudicial para quem quer ter saúde em suas finanças pessoais, pois pode prejudicar o controle e favorecer a impulsividade em relação ao gasto mensal.

5. Comprar tudo no crédito, parcelado

Da mesma forma que falamos sobre gastar antes de receber, comprar tudo no crédito pode comprometer sua saúde financeira, ainda mais quando falamos de compras parceladas, que vão se acumulando e podem resultar em um montante maior do que você pode arcar.

O problema aqui é não conseguir avaliar de forma clara o impacto do gasto no orçamento e também comprometer esse orçamento por mais tempo. Se for possível, compre a vista!

6. Não ter metas para o futuro

Você não deve encarar suas finanças pessoais de forma momentânea. Pense sempre em ter um fundo de reserva e um planejamento para a aposentadoria. O problema de não ter um planejamento para o futuro, é que quando somos acometidos por situações emergenciais, nossa vida financeira fica tumultuada.

Além disso, ter metas e sonhos é importantíssimo para que você use seu dinheiro da melhor forma possível. Se planeje, tenha metas, poupe, invista e realize!

7. Ter uma postura de consumismo exagerado

É comum sermos expostos a ofertas, promoções e liquidações relâmpago incríveis, impossíveis de perder. Será?

Antes de efetuar qualquer compra, não pense apenas em como está barato ou o quanto é bonito. Você realmente precisa do item?

Isso não significa comprar apenas itens de primeira necessidade, mas tomar decisões conscientes sobre todas as compras que você decidir fazer.

8. Não ter mais de uma fonte de renda

Ter sempre um plano B pode ser crucial para ajustar suas finanças pessoais. Já ouviu falar de não colocar todos os ovos na mesma cesta? Ter fontes de renda diferentes é uma forma de se assegurar em relação ao futuro e conseguir poupar mais dinheiro.

Muitas vezes cometemos esses erros sem sequer notar o que está acontecendo. Porém, conhecendo cada um deles e conseguindo identificar se fazem parte da nossa vida, fica mais fácil iniciar um planejamento das finanças pessoais. Corrigindo estes erros, um por um, você será capaz de poupar, investir e realizar grandes sonhos.

Resumindo, se você realmente deseja fazer uma boa gestão das suas finanças pessoais, você precisa ter organização, controle, entender exatamente no que está gastando, cortar gastos desnecessários, ter uma reserva para emergências e identificar todos os possíveis erros que está cometendo.

O mais importante é dar o primeiro passo. Parece uma tarefa complicada, mas se você se esforçar no começo, vai chegar um momento em que isso acontecerá de maneira natural, e você só se arrependerá de não ter começado antes a cuidar das suas finanças pessoais.

Com uma vida financeira saudável, é possível ter metas e principalmente ter um caminho para realizar estas metas. Elas podem comprar algo, ou mesmo guardar dinheiro.

Se seu objetivo é guardar dinheiro e você precisa saber por onde começar, não deixe de ler este artigo aqui do blog da Rembly e dê seu primeiro passo nessa jornada.