Quando pensamos em educação financeira, uma das primeiras coisas que vêm à cabeça é a necessidade de guardar dinheiro.

Além de aprender a investir e a organizar melhor os gastos, aprender a poupar e ter um pé de meia para o futuro também é mais que fundamental. Mas não é todo mundo que sabe fazer isso, ou até mesmo como começar a guardar dinheiro no dia a dia.

Só que esta não precisa ser uma tarefa tão difícil. Como em tudo na vida, precisamos começar por algum lugar, e a ideia deste artigo é ajudá-lo justamente nisso: como começar a guardar dinheiro?

Separamos algumas dicas simples, como um passo a passo, que certamente lhe darão a luz necessária para fazer isso. Confira!

Passo 1: defina seus objetivos

Quem poupa o faz por algum motivo. Pode parecer óbvio, mas é importante ter clareza do porquê você quer guardar dinheiro.

Você tem algum sonho? Quer comprar uma casa? Viajar pelo mundo? Estudar fora do país? Ter dinheiro para bancar os estudos dos filhos, quando os tiver? Mudar de carreira? Tirar um ano sabático? Ou simplesmente quer se aposentar mais cedo?

Não existe resposta certa, nem objetivo certo ou errado. Mas a resposta para a pergunta “qual o seu objetivo” pode ajudar a traçar a melhor estratégia para começar sua poupança.

Por exemplo: se você quer comprar um apartamento e sabe que, para isso, precisa dispor de uma quantia X em determinado período de tempo, você sabe que precisa economizar um valor mínimo todo mês para que esse objetivo se torne viável dentro do prazo que você espera.

 

Passo 2: planeje-se com os pés no chão

E aí entra o segundo passo. Se você já sabe qual o seu objetivo, você precisa se planejar para alcançá-lo. E para fazer isso é necessário ter real controle sobre o seu orçamento, incluindo quanto você ganha, tudo o que você gasta e todos os possíveis destinos do seu dinheiro no dia a dia.

Colocar tudo no papel é o primeiro passo para ter um planejamento financeiro completo e saber exatamente quanto você pode poupar no final do mês. Afinal, da receita total (todo o dinheiro que cai na sua conta), é necessário primeiro dar cabo de todas as despesas – fixas, variáveis e as que não podem ser previstas – para depois saber qual quantia sobra para a reserva financeira de fato.

A partir disso, você consegue fazer as contas de quanto pode guardar e por quanto tempo. Exemplo: se você precisa juntar R$ 50.000,00 e consegue poupar R$ 500,00 por mês, então você já sabe que precisará fazer este movimento por 100 meses (ou 8 anos e três meses) até chegar à quantia necessária para atingir seu objetivo.

 

Passo 3: controle seus gastos no dia a dia

Se 100 meses parece um período muito longo para chegar à reserva financeira almejada, talvez você possa tentar encurtar o caminho controlando mais os seus gastos no dia a dia.

Como mencionado acima, parte da sua receita vai para despesas que variam a cada mês. Estamos falando de compras, supermercado, restaurantes, Uber, farmácia etc. É claro que todo mês vamos ter gastos que fogem das contas da casa, por exemplo, mas é possível avaliar a fundo o seu orçamento para entender onde está consumindo mais dinheiro e onde é possível cortar com mais facilidade.

Geralmente, a resposta está nas compras mais supérfluas ou em “bobagens” do dia a dia que achamos que mal fazem diferença, mas que podem representar uma quantidade razoável ao final do mês.

Monitorando seus gastos, portanto, pode ajudá-lo a poupar R$ 600,00 em vez de R$ 500,00, por exemplo. Já ajuda, não?

 

Passo 4: comprometa-se!

Nenhum passo acima adiantará se você não assumir um compromisso real de poupar dinheiro todo mês.

Existe uma máxima que é: é melhor poupar um pouco do que poupar absolutamente nada. Então se você pretende guardar R$ 500,00, mas acontecer um mês de você só conseguir poupar R$ 200,00, não tem problema. Poupe o que dá! Fará diferença lá na frente.

Uma estratégia para não deixar de poupar porque não sobrou dinheiro no final do mês é simplesmente não deixar para guardar dinheiro no final do mês. Assim que o salário cair na conta, já pegue a quantia que deseja guardar e tire da frente para não gastar com outras coisas. É uma forma de se obrigar a poupar e criar o hábito.